Terrible two ou primeira adolescência, são termos comuns que se referem ao mesmo tema, a crítica fase dos dois anos. Pela primeira vez as crianças começam a distinguir que são seres individuais e não estão ligados aos pais, o que pode gerar um misto de sentimentos e emoções que antes não existiam.
Os pais alegam que a personalidade de seus pequenos muda drasticamente, o bebê antes tranquilo, carinhoso passa a ser um bebê mais chorão e irritado. As famosas birras começam a aparecer, mesmo que você tenha prometido que seus filhos nunca fariam algo do gênero, enfim, descobre que as birras não são controladas por vocês.
Tudo o que anteriormente era decidido pelos pais, pode passar a ser motivos de conflitos, já que o bebê passa a demonstrar sua opinião acerca de sua própria vida. Até mesmo para os nenéns mais tranquilos podem passar por esse momento de descobrimento, que para os pais é uma grande crise.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o terrible two não é resultado do descuido ou desmazelo dos pais, pelo contrário, é uma reação que aponta para um desenvolvimento natural e importante para os pequenos.
Mas, afinal, como lidar com a crise dos primeiros dois anos de vida de um bebê?
Se você é um leitor assíduo do blog, nem precisamos citar que a paciência é o cargo chefe para passar por essa fase com o menor número de traumas possíveis. Mas, se você é novo por aqui, saiba que essa é uma chave muito importante para os pais.
Saiba que gritar, chorar, as birras constantes fazem parte da primeira linguagem exercida pelos bebês e se, elas persistirem, podem significar puramente insatisfação com algo que as foi imposto.
A repetição pode até ter um papel importante para desenvolvimento em muitas áreas na vida humana, mas referente a palavra “não” para com crianças ela é um tanto quanto ineficaz. Isso se dá, porque de acordo com especialistas, crianças de dois ou três anos não compreendem o significado da palavra “não”.
Se a tão queridinha interjeição dos pais não funciona muito bem, é necessário buscar outras maneiras de comunicação. Uma delas é explicar e justificar o que ela não pode fazer, exemplo, se uma criança de dois morder o coleguinha na escola, o mais ideal é explicar para ela que essa ação machucou o outro, que a criança deve ser mais gentil para não deixar os outros amiguinhos tristes. Esse tipo de comunicação é mais eficaz do que um simples “não pode”, a chave para um desenvolvimento saudável é o diálogo, principalmente, nesse momento em que a criança está lidando com as suas emoções pela primeira vez e muitas vezes age por impulso.
Em relação aos pequenos que fazem birras quando não são atendidos, é importante tentar compreender a criança. Falar mais alto, gritar ou punir com castigos está longe de ser a melhor opção. O ideal é manter a calma, por mais difícil que seja, abaixar, olhar nos olhos da criança e dizer que tal atitude não condiz com quem ela é e que está chateado por tal comportamento.
Antes de ignorar todas as birras que seu filho faz, busque entender qual é o verdadeiro significado de cada uma delas, muitas vezes a criança pode estar dando um sinal claro que está se sentindo sozinho ou apenas que não gostou dos pais não terem comprado sorvete no shopping. Entenda os sinais do terrible two.