Autismo – O que é e como identificar os primeiros sinais

Autismo – O que é e como identificar os primeiros sinais

Autismo – O que é e como identificar os primeiros sinais

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do desenvolvimento; isso significa que as alterações apresentadas nas conexões cerebrais ocorreram no período de desenvolvimento do cérebro do bebê ainda no útero, a partir de questões genéticas e ambientais. Por essa razão, os sinais e sintomas surgem já nos primeiros anos de vida e incluem: dificuldade de linguagem e comunicação social, associado a padrões restritivos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades.

Os estudos mais recentes falam sobre uma prevalência do Autismo de 1% das crianças e adolescentes no período escolar (seriam aproximadamente 2 milhões de casos no Brasil), com incidência maior entre os meninos sendo 4 meninos para cada 1 menina. O diagnóstico é clínico, isso significa que exames adicionais não são necessários (a não ser que exista uma outra condição médica associada, necessitando maior investigação).

É muito importante que o diagnóstico seja feito de forma precoce, e mesmo se existirem dúvidas, o início do tratamento não deverá ser postergado. O tratamento, quando instituído ainda na primeira infância, apresenta melhores resultados porque aproveita a capacidade do cérebro de criar novas conexões, pois estas são mais intensas nos primeiros anos da vida.

Como as dificuldades na área da linguagem e comunicação são observadas:

Elas estarão presentes em vários contextos: dificuldade em fixar o olhar, dificuldade em manter relações de troca (por ex.: compartilhar brinquedos, mostrar, se interessar pela participação de uma outra pessoa na brincadeira); preferência por atividades solitárias (isso muitas vezes é trazido pela escola); dificuldade em iniciar uma interação social, usar os outros como instrumento para ter o que deseja, ter preferência por crianças mais velhas ou mais novas, não olhar quando chamado pelo nome, dificuldade para entender o sentimento do outro.

Atraso para falar, dificuldade em manter diálogos, perceber o que é apropriado falar em cada situação, perceber o interesse de outras pessoas na conversa, falar utilizando palavras muito rebuscadas (como um professor).

Como os comportamentos e interesses repetidos/restritivos se manifestam?

Movimentos repetitivos com as mãos, movimentos repetitivos com o corpo (girar, balançar), enfileirar brinquedos ou objetos, interesse aumentado em ver objetos girando (ventilador, máquina de lavar), dificuldade com mudanças na rotina, apego a rituais, interesse elevado e
desproporcional em uma coisa específica (ex.: letras, números, dinossauros).

Outras dificuldades que podem estar presentes:

Seletividade alimentar, insônia, dificuldade de aprendizado, problemas gastrointestinais (constipação crônica, diarreia, dor abdominal), déficits na integração sensorial (intolerância à sons altos, certos tipos de texturas, toque, corte de unhas e cabelos etc.).

Se esses sinais e sintomas forem observados é fundamental buscar avaliação médica! O desenvolvimento da criança deve ser acompanhado de perto, tanto pelos pais e familiares, quanto por profissionais que dão assistência a ela (pediatras, enfermeiros, professores). Hoje é estipulado que todos os pediatras realizem rastreios para essa condição, testes de triagem podem ser aplicados a partir dos 16 meses de vida.

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Dra. Ana Carolina Macedo | Neurologista Infantil

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