Gêmeos: um é bom mas dois é bem melhor

Gêmeos: um é bom mas dois é bem melhor

Se você acaba de receber a notícia de que será mãe ou pai de gêmeos, ou apenas tem curiosidade sobre o assunto, essa é a matéria perfeita para você.

De início podem preparar os ouvidos para muitos comentários pessimistas e infelizes como, “o trabalho vai ser em dobro”, “educar uma criança já é difícil, imagina duas” ou “você nunca mais vai poder dormir”. De fato, muitas noites em claro estão previstas, mas a verdade é que isso ocorre independente se a gestação é gemelar ou não.  

Qualquer casal que almeja ter filhos deve buscar por um preparo psicológico, na gestação de gêmeos esse objetivo passa a ser ainda mais necessário. Durante a gestação a mulher é bombardeada por hormônios, no caso dos gêmeos essa dose é dupla. A sensibilidade da mãe é maior do que antes vivenciada, ela necessita de cuidados redobrados, que vão desde os esforços contínuos de seu companheiro(a), da família, até um pré-natal mais estruturado. 

Mas, afinal, como cuidar de gêmeos no pós parto? 

O primeiro grande desafio pode ser o sono dos bebês, principalmente porque boa parte dos gêmeos nascem prematuros e necessitam de cuidados redobrados. Entendam que, quando os bebês nascem prematuramente e são afastados da mãe, passando alguns dias no hospital, ao chegar em casa tudo pode causar estranhamento no início. Sem falar que seus estômagos ainda são menores, então eles irão acordar repetidamente durante as madrugadas para poder mamar. 

Ainda sobre o sono, se possível os coloque para dormir em quartos separados para que não acordem com os resmungos e choros do outro. 

Apesar desses desafios e cuidados extras, as crianças irão desenvolver a mesma dependência e amor pelos pais como em outras gestações. E, alguns cuidados permanecem, como, manter uma rotina durante os dias, momento para dar de mamar, para dar colo, para o banho, etc. 

Uma dica preciosa para a amamentação é colocá-los para mamar separadamente para propiciar que cada um tenha momentos de atenção exclusiva. 

No início, se forem gêmeos idênticos invista em pulseiras de cores diferentes para identificar quem é quem, afinal, ninguém quer correr o risco de medicar ou dar de mamar duas vezes a mesma criança. 

Brincadeiras a partes, casos como os citados acima são bem frequentes, mas existe algo importante para relembrar, apesar da enorme semelhança física cada um deles é um ser individual e único. 

Busque a ajuda de sua rede de apoio, procure por comunidades, grupos em plataformas digitais, como o Facebook e o Instagram, que abordem sobre os cuidados com gêmeos, isso faz com que aumente a sua rede de apoio e aprenda com pais mais experientes. 

Por fim, é importante ressaltar que, os gêmeos não são cópias, são seres completos, capazes e extraordinários como qualquer outra criança. Papais e mamães, não os coloque em uma mesma caixinha, procure dar atenção e carinho individualmente, evite ao máximo fazer comparações, eles valem todo o esforço, afinal, o amor que receberão de volta também será em dobro. 

A importância da brincadeira para o desenvolvimento infantil

A importância da brincadeira para o desenvolvimento infantil: você sabe qual é?

A resposta para a pergunta do título dessa matéria é bem mais simples do que parece e com certeza está presente no subconsciente de cada um dos brasileiros. 

Quando o assunto é brincar, a maioria das pessoas tem uma lembrança guardada de sua infância, sendo ela brincando de esconde-esconde com outras crianças ou brincando com um objeto qualquer em casa. Que todos temos lembranças afetivas nós sabemos, mas qual é o benefício? 

Vygotsky, um pensador, afirmou que uma criança vê um objeto, mas age de maneira diferente em relação ao que vê. Assim, é alcançada uma condição que começa a agir independentemente daquilo que vê. Ou seja, um simples objeto pode ser ressignificado inúmeras vezes por uma criança, estimulando sua própria imaginação.

Esse é um tema tão importante que é um direito garantido por leis, entre elas: na Declaração Universal do Direitos Humanos, na Declaração dos Direitos da Criança, no Estatuto da Criança e do Adolescente, na Convenção sobre os Direitos da Criança.  Sendo uma das propostas do Marco Legal da Primeira Infância, uma lei sancionada no dia 8 de março de 2016, que propõe a garantia às crianças o direito de brincar.

O brincar tem um papel fundamental para o desenvolvimento infantil, principalmente nos primeiros anos de vida. E os papais são os primeiros amigos que a criança irá ter, também é papel deles incentivá-los com brincadeiras, músicas, etc, para estimular a evolução da criança. 

Para trazer luz a essa discussão, um grande exemplo da importância do brincar foi que o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (MEC, 1998), citou o brincar como um dos principais condutores para o aprendizado e exploração da sociedade em que estão inseridos. 

Na cartilha foi definido que crianças de zero a três anos devem participar das atividades que envolvam a exploração do ambiente, utilizando objetos disponíveis para manipulação. O engatinhar, andar, correr, brincar com adultos ou crianças, são ações cruciais para exploração do ambiente.

Para as crianças, brincadeiras como imitar os sons de animais, ou imitar os adultos, cantar músicas, estimulam o descobrimento de suas próprias expressões, o que influencia positivamente no progresso de reconhecimento das emoções do outro.

São elas as responsáveis pelos primeiros aprendizados da criança, cooperam expressivamente, psiquicamente, emocionalmente, sem falar que desenvolvem a atenção e memória. 

A importância da brincadeira está no fato de que ela deve ser parte da rotina diária de uma criança, principalmente, porque é um dos maiores estimuladores da famosa dopamina, hormônio do prazer, que potencializa a atenção. 

É importante ressaltar que não necessariamente o brincar está ligado com brinquedos, ou seja, você não precisa sair daqui e ir correndo comprar novos brinquedos para o seu filho, tendo em vista que ter uma grande quantidade de objetos pode influenciar negativamente na vida da criança, pois pode impossibilitar que haja uma expansão de sua criatividade. Seja o maior incentivador de seu filho, usufrua dos brinquedos já existentes, mas expanda também, a sua imaginação, mostre-o que uma panela antiga pode sim, ser um belo capacete. 

Filho mais velho e a gravidez

Filho mais velho e a gravidez: a vivência do momento pelo olhar dele.

Quando falamos sobre ter mais de um filho, quem sabe até mais, para muitos casais brasileiros o famigerado “não” pode estar na ponta da língua. Mas, para a alegria dos pequenos que sonham em ter irmãos, ainda existem papais que desejam multiplicar sua família. Entenda mais sobre a relação do filho mais velho e a gravidez.

Para darmos início a esse artigo, deve ser esclarecido um ponto crucial, especialistas indicam que o mais indicado para as mamães que acabaram de dar à luz é que esperem mais dois anos para ter outro filho. O corpo da mulher deve ser respeitado para que os limites biológicos não sejam ultrapassados.  

Durante a gestação do segundo filho, as mamães que já estão mais experientes costumam ficar mais tranquilas, o medo e a ansiedade que assustam no início parecem ser menores com a vinda do caçula. 

Para muitos papais e mamães o bicho papão da vez é o receio de não amar o segundo filho como amaram o primeiro, mas na realidade isso não acontece. Cada gestação é única, podendo até ter pequenas semelhanças como, alguns enjoos ou ficar com os pés inchados, mas até os desejos por comidas podem ser distintos e um tanto quanto peculiares. 

Como dito anteriormente, a segunda gestação é acompanhada por pais mais experientes, que na maioria das vezes já aprenderam com os erros do passado. O medo de não conseguir suprir a atenção que o seu primogênito busca pode ser recorrente, por isso é tão importante preparar a criança para a chegada de um bebê. Para isso, inclua seu filho no processo, converse com ele sobre a vinda de um irmãozinho, chame-o para lavar roupinhas, fazer um desenho de boas vindas, para cantar para o bebê quando ainda está na barriga. Faça-o sentir amado e ensine sobre a importância de ser um irmão mais velho. 

Normalmente o primogênito nem é tão mais velho assim, então é importante que os pais reconheçam que ele ainda é uma criança em desenvolvimento e ter ciúmes é algo normal. Mas, a forma como vocês irão lidar com esse sentimento é o que irá transformar a relação dos irmãos. Não reprima a criança, pelo contrário, dê mais atenção para ele ou ela, na medida do possível, não cobre uma maturidade que eles ainda não alcançaram. 

A relação do filho mais velho e a gravidez pode até ser um desafio, mas com o passar do tempo será amenizado. Uma dica para essa fase é investir em livros que ensinam para a criança sobre suas emoções e como lidar com elas. 

Com as gestações os sinais características de cada um começa a aparecer, com o passar dos meses vocês, mamães, papais e toda a família, irão enxergar que tanto o primeiro e o segundo filho são seres totalmente únicos que os amam de maneiras singulares e, principalmente, tiram o amor dos familiares de maneiras grandiosas e peculiares. 

Dica do editor: Invista em livros infantis que ajudem a criança a compreender suas próprias emoções, como, o livro “Quando me sinto sozinho” da Editora Ciranda Cultural. Para os papais tem também o livro “5 linguagens do amor das crianças”, com esse livro você poderá identificar qual é a linguagem de amor de seu filho e assim, aprender de que forma fazê-lo sentir-se mais amado em meio a tantas mudanças. 

Terrible two: que quer dizer isso?

Terrible two ou primeira adolescência, são termos comuns que se referem ao mesmo tema, a crítica fase dos dois anos. Pela primeira vez as crianças começam a distinguir que são seres individuais e não estão ligados aos pais, o que pode gerar um misto de sentimentos e emoções que antes não existiam.

Os pais alegam que a personalidade de seus pequenos muda drasticamente, o bebê antes tranquilo, carinhoso passa a ser um bebê mais chorão e irritado. As famosas birras começam a aparecer, mesmo que você tenha prometido que seus filhos nunca fariam algo do gênero, enfim, descobre que as birras não são controladas por vocês.

Tudo o que anteriormente era decidido pelos pais, pode passar a ser motivos de conflitos, já que o bebê passa a demonstrar sua opinião acerca de sua própria vida. Até mesmo para os nenéns mais tranquilos podem passar por esse momento de descobrimento, que para os pais é uma grande crise.  

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o terrible two não é resultado do descuido ou desmazelo dos pais, pelo contrário, é uma reação que aponta para um desenvolvimento natural e importante para os pequenos.

Mas, afinal, como lidar com a crise dos primeiros dois anos de vida de um bebê?  

Se você é um leitor assíduo do blog, nem precisamos citar que a paciência é o cargo chefe para passar por essa fase com o menor número de traumas possíveis. Mas, se você é novo por aqui, saiba que essa é uma chave muito importante para os pais.        

Saiba que gritar, chorar, as birras constantes fazem parte da primeira linguagem exercida pelos bebês e se, elas persistirem, podem significar puramente insatisfação com algo que as foi imposto. 

A repetição pode até ter um papel importante para desenvolvimento em muitas áreas na vida humana, mas referente a palavra “não” para com crianças ela é um tanto quanto ineficaz. Isso se dá, porque de acordo com especialistas, crianças de dois ou três anos não compreendem o significado da palavra “não”.

Se a tão queridinha interjeição dos pais não funciona muito bem, é necessário buscar outras maneiras de comunicação. Uma delas é explicar e justificar o que ela não pode fazer, exemplo, se uma criança de dois morder o coleguinha na escola, o mais ideal é explicar para ela que essa ação machucou o outro, que a criança deve ser mais gentil para não deixar os outros amiguinhos tristes. Esse tipo de comunicação é mais eficaz do que um simples “não pode”, a chave para um desenvolvimento saudável é o diálogo, principalmente, nesse momento em que a criança está lidando com as suas emoções pela primeira vez e muitas vezes age por impulso.

Em relação aos pequenos que fazem birras quando não são atendidos, é importante tentar compreender a criança. Falar mais alto, gritar ou punir com castigos está longe de ser a melhor opção. O ideal é manter a calma, por mais difícil que seja, abaixar, olhar nos  olhos da criança e dizer que tal atitude não condiz com quem ela é e que está chateado por tal comportamento.

Antes de ignorar todas as birras que seu filho faz, busque entender qual é o verdadeiro significado de cada uma delas, muitas vezes a criança pode estar dando um sinal claro que está se sentindo sozinho ou apenas que não gostou dos pais não terem comprado sorvete no shopping. Entenda os sinais do terrible two. 

Desfralde: qual o momento ideal para iniciar?

Desfralde: Qual o momento ideal para iniciar 

Iniciar o desfralde de uma maneira consciente e agradável para ambos pode ser uma tarefa um tanto quanto difícil, mas afinal, ninguém disse que seria fácil ou rápido. 

É importante que os pais diminuam suas expectativas acerca desse processo, já que cada criança tem o seu tempo específico, apesar das boas intenções dos pais em tentar impor algo, o ideal durante todo esse processo de desfralde é que os cuidadores mantenham a paciência e esperem atententamente a chegada do primeiro sinal de que ela está pronta para iniciar o desfralde.

Em torno dos dois anos, quando a criança começar a avisar que quer fazer xixi, cocô, esse pode ser o momento ideal para iniciar esse processo. É interessante perguntar para o médico-pediatra se a criança está pronta ou não, pois antecipar esse processo pode gerar inúmeros traumas, comportamentos indesejados e até mesmo sentimentos de frustração nas crianças. 

Mas, não existe motivos para desespero, exatamente, entenda que vocês, pais, não precisam acelerar nada. Se caso após ler todas as indicações vocês entendam que é sim, chegada a hora para o desfralde, preste atenção em como irão agir nos próximos dias e meses. Para que esse momento seja o mais saudável possível, olhe para as dicas seguintes com um olhar amplo que abranja todos os envolvidos: 

  1. Entenda que as inúmeras tentativas frustradas irão acompanhar o famigerado penico, inclusive, esse acessório pode ser uma ótima ferramenta. Então, prestem atenção na maneira que vocês, pais, tratam sobre o assunto com a criança, para que ela não venha ter aversão às fraldas, evite falar do xixi e cocô como algo ruim, negativo porque isso fará com que ela mesma tenha vergonha e em alguns casos a criança fica tão preocupada com a reação dos pais com o cocô que fica segurando por dias;
  2.   Deu errado na primeira vez, sem problemas, explique para a criança que fazer cocô, xixi é algo natural e está tudo bem se no início ela não conseguir usar o penico ou vaso de primeira; 
  3.   Que os filhos imitam os pais não é nenhuma novidade, essa pode ser uma ótima tática, leve seus pequenos para te acompanhar quando for ao banheiro, assim elas terão uma identificação maior e também irão quer fazer o mesmo;
  4.   Quando o momento tão esperado chegar e a criança conseguir usar o banheiro pela primeira vez, comemore e faça uma grande “festa”, para mostrar que esse é um motivo de grande alegria para eles, parabenizando-a pela conquista. 

Apesar de não haver uma receita de bolo e cada caso ter suas especificidades, algumas das dicas citadas podem ser valiosas para você, ou alguma delas ser até mesmo ineficaz. Independente disso, tenha noção de que esse é um processo natural e nenhuma explicação simplista pode abranger todos os aspectos vividos. 

Dica da redação: invista em livros que tratam sobre esse assunto de maneira lúdica e simples, como os títulos, “Pai todos os animais soltam pum” e “Até as princesas soltam pum”, ambos do autor Ilan Brenman.

Como falar não para os avós?

Como falar não para os avós do seu filho?

Com a chegada de uma nova criança a emoção passa a ser o personagem principal dessa família, principalmente, se estamos falando do primeiro neto.

Conter a euforia de ver o crescimento de uma criança após tantos anos desde a última vez que teve seu filho no colo, pode não ser uma tarefa fácil. Ainda mais se a criança se parece com os pais, aí segura os vovós e vovôs, o coração fica bobo novamente. 

Dizem por aí que o amor de avós é até maior do que pelos filhos, talvez porque a função de educar é a dos pais, já os avós ficam apenas com a parte “boa”.

Mas, o que fazer quando os limites dentro dessas relações estão sendo ultrapassados? Como lidar com críticas frequentes vinda dos patriarcas da família?

É normal que os avós “mimem” seus netos, mas quando esse “mimo” vai contra a opinião dos pais, isso pode gerar um conflito dentro da família. Inclusive, situações onde os pais e os avós discordam de algo na frente da criança, pode confundi-la acerca de quem é a autoridade no local e o que ela pode ou não fazer.

Esse é o assunto que para muitos pode ser delicado, isso se dá porque muitas vezes são os avós os principais personagens da rede de apoio e se sentem no direito de opinar acerca da criação dos netos.

Para lidar com essas pessoas sem que as machuque é necessário muito jogo de cintura e paciência. Os pais devem investir em diálogo, tanto entre o casal para decidir qual a opinião para as necessidades presentes e futuras da criança e depois com os avós, para que fique claro qual é a opinião deles acerca do assunto. 

Tem uma famosa frase que diz assim “os pais erram tentando acertar”, essa é uma boa sentença para que carreguem, na maioria das vezes os avós estão opinando com base nas experiências que eles tiveram e que funcionaram para eles. É importante ter paciência e caso necessário, alertar-los que em 20/30 anos a ciência evoluiu e novos estudos embasam a opinião de vocês. 

A medicina evoluiu, hoje, sabemos que dar chá de camomila para um recém nascido com intuito de aliviar uma cólica, é furada e nada indicado. Esse é um claro exemplo de que em alguns casos, dizer “não” para os avós seja o mais indicado. 

É importante para a saúde mental e desenvolvimento da criança ter uma ligação saudável com os avós, mas o papel de educar é exclusivamente dos pais. Apesar de existir muitos pais que se isentam dessas tarefas, transpondo-as para os avós, não é essa a melhor saída. Os avós não tem a obrigação de criar, educar e sim, de amar os netos.

Guardem esse recado se desejam manter um equilíbrio nesses relacionamentos: pais, tenham parcimônia, lembrem-se que os avós podem estar dentro da rede de apoio de vocês, mas a responsabilidade com o bebê é exclusivamente de vocês. Avós, vocês já criaram seus filhos à sua maneira, permitam que seus filhos errem e acertem, assim como vocês fizeram um dia. 

Qual a importância do livro na vida de uma criança?

Qual a importância do livro na vida de uma criança? 

Os primeiros meses de vida de um bebê são marcados pela total dependência dos pais, sejam físicas, emocionais ou verbais. Conforme os dias, semanas, meses chegam, inúmeras mudanças vêm acompanhadas. 

O tempo marca precisamente tais mudanças, como se em cada segundo fosse um sinônimo para uma descoberta. Para alguns, engatinhar e andar são os primeiros grandes passos, para outras crianças a fala é a primeira a ser desenvolvida, isso porque apesar de existirem tabelas que traçam um desenvolvimento para a infância, cada indivíduo é único e requer tempo diferente dos demais.

 E é nesse momento de descobrimento da vida e de seu próprio corpo, que a criança está mais favorável a compreensão de novos conteúdos, isso se dá porque durante a infância há uma maturação intensiva do organismo humano. De acordo com Mukhina, nos sete primeiros anos, a massa encefálica fica três vezes e meia maior, sofrendo mudanças e aperfeiçoando suas funções. Isso explica o porquê é tão importante não medir esforços para incentivar psiquicamente uma criança, já que a forma como são instigadas durante esse tempo pode influenciar positivamente ou negativamente. 

Reconhecendo que a primeira infância é uma das fases cruciais para o desenvolvimento e que os resultados, vivências e traumas serão refletidos na vida adulta, é importante buscar meios para que os pequenos sejam incentivados. E a literatura tem um papel importante para que os resultados tão desejados sejam alcançados. 

Ler para uma criança pode até ser uma tarefa simples, mas pode ser também, uma das mais importantes que você pode fazer para o seu filho. A literatura incentiva a criatividade, aumenta a proximidade entre os pais, interlocutor, com as crianças, promove uma maior atenção, entre outros benefícios. 

A literatura destinada às crianças propõe uma nova visão de mundo, até então tão limitada, reconhecer quais são os animais domésticos e até  os selvagens, que a princípio a criança não teria contato. Esse não é papel somente dos pais com crianças mais velhas, pelo contrário, o quão mais cedo a leitura for introduzida, melhor será o índice de desenvolvimento. 

Ler para os bebês durante a gestação faz com que eles criem um reconhecimento com a voz do interlocutor, aumentando a proximidade entre mãe, pai e filho. No primeiro ano invista em livros coloridos, sensoriais, com animais, para os fisgar visualmente. Após um ano onde a criança já responde bem a esses estímulos, procure mais outros livros, que contém uma historinha um pouco mais longa que as anteriores. É importante que em algum momento do dia os pais dediquem-se a aumentar o vocabulário dessa criança, por exemplo, adicionar a rotina noturna uma leitura de uma passagem bíblica que tenha uma linguagem mais arcaica, ou de um livro que vocês gostem, para assim, mesmo que o bebê ainda não entenda, esse hábito irá estimular o vocábulo e memória dessa criança. 

Se você chegou até aqui e ainda não está convencido que seu pequeno precisa ter a leitura como parte da rotina, entenda que as pesquisas feitas no país apontam para adultos que não têm o hábito de leitura e muitas vezes são facilmente levados a acreditar em “fake news”. Queremos criar indivíduos capazes intelectualmente para tomar as próprias decisões da melhor maneira possível e a literatura só tem a agregar nesse processo.    

Maternidade: quando nasce um bebê também nasce uma mãe?

Maternidade: quando nasce um bebê também nasce uma mãe?

O período pós parto, também conhecido como Puerpério, resguardo ou quarentena, trata-se de um intervalo de tempo que é iniciado a partir da supressão da placenta e termina quando o corpo da mulher consegue retornar ao estado anterior à gestação, durando em torno de 40 dias, seis ou mais semanas. 

Nessa temporada as mulheres passam por inúmeras alterações hormonais, especialistas apontam que é um pouco similar há uma tensão pré-menstrual, a famosa TPM, mas muito mais intensa, com os agravantes que a chegada de um bebê gera no ambiente, como dificuldades para dormir e o medo de não ser suficiente para a criança.

Há quem diga a famosa frase presente no título, mas na prática a realidade é bem diferente, muitas mães não sentem o amor pelos filhos logo de primeira, é muito comum que essas mulheres tenham dificuldades para reconhecer e lidar com o misto de sentimentos que estão sentindo. 

Um ponto crucial para abordar esse assunto é que a saúde mental na maternidade deve ser pauta da família, para que com esforços essa mulher possa passar pelo Puerpério da melhor maneira possível e impedir que posteriormente essa mulher desenvolva um quadro de depressão pós parto.

Apesar de ser um processo natural, o Puerpério pode ser sinônimo de muita dor para as mulheres. E, é comum que durante o resguardo as mulheres passem pelo famoso “baby blues” que são os primeiros indícios de depressão pós parto. Caso esse seja o seu caso ou o da sua companheira, busque ajuda de um especialista. Nesse momento, tanto os bebês quanto as mamães necessitam de cuidados especiais, apoio familiar e social.

A participação ativa e amigável dos familiares pode representar um importante auxílio para a recuperação dessas mães. A rede de apoio se faz ainda mais necessária nessa etapa, seja para preparar um almoço, para cuidar do bebê para que a mãe tome um banho ou para dar ouvidos às suas queixas. 

Cabe ressaltar que esse não é o momento para comparações. Se você faz parte da rede de apoio de uma mulher que está passando por essa fase, que talvez seja a pior da vida dela, evite compará-la com outras mulheres que, supostamente, tiveram uma melhor performance. O mais importante nesse momento é buscar compreendê-la, por mais que ela tão pouco se entenda e, buscar promover os cuidados necessários.

Outra questão importante é que muitas vezes a mulher coloca-se em uma posição com muitas cobranças, tentando exaustivamente alcançar o modelo de “mãe ideal” na maternidade, para essas mulheres é importante lembrá-las do velho ditado que diz que “a grama do vizinho sempre é mais verde”. Ou seja, respeite suas limitações físicas e mentais. Lembre-se que ser mãe não é a sua identidade e que o amor pelo seu filho é algo que aumentará com o passar dos dias, está tudo bem não sentir o maior amor do mundo agora.

Esse é o momento em que essas mulheres mais necessitam dos cuidados, apoio e amor de seus companheiros, familiares e amigos.