Qual a importância do livro na vida de uma criança?

Qual a importância do livro na vida de uma criança? 

Os primeiros meses de vida de um bebê são marcados pela total dependência dos pais, sejam físicas, emocionais ou verbais. Conforme os dias, semanas, meses chegam, inúmeras mudanças vêm acompanhadas. 

O tempo marca precisamente tais mudanças, como se em cada segundo fosse um sinônimo para uma descoberta. Para alguns, engatinhar e andar são os primeiros grandes passos, para outras crianças a fala é a primeira a ser desenvolvida, isso porque apesar de existirem tabelas que traçam um desenvolvimento para a infância, cada indivíduo é único e requer tempo diferente dos demais.

 E é nesse momento de descobrimento da vida e de seu próprio corpo, que a criança está mais favorável a compreensão de novos conteúdos, isso se dá porque durante a infância há uma maturação intensiva do organismo humano. De acordo com Mukhina, nos sete primeiros anos, a massa encefálica fica três vezes e meia maior, sofrendo mudanças e aperfeiçoando suas funções. Isso explica o porquê é tão importante não medir esforços para incentivar psiquicamente uma criança, já que a forma como são instigadas durante esse tempo pode influenciar positivamente ou negativamente. 

Reconhecendo que a primeira infância é uma das fases cruciais para o desenvolvimento e que os resultados, vivências e traumas serão refletidos na vida adulta, é importante buscar meios para que os pequenos sejam incentivados. E a literatura tem um papel importante para que os resultados tão desejados sejam alcançados. 

Ler para uma criança pode até ser uma tarefa simples, mas pode ser também, uma das mais importantes que você pode fazer para o seu filho. A literatura incentiva a criatividade, aumenta a proximidade entre os pais, interlocutor, com as crianças, promove uma maior atenção, entre outros benefícios. 

A literatura destinada às crianças propõe uma nova visão de mundo, até então tão limitada, reconhecer quais são os animais domésticos e até  os selvagens, que a princípio a criança não teria contato. Esse não é papel somente dos pais com crianças mais velhas, pelo contrário, o quão mais cedo a leitura for introduzida, melhor será o índice de desenvolvimento. 

Ler para os bebês durante a gestação faz com que eles criem um reconhecimento com a voz do interlocutor, aumentando a proximidade entre mãe, pai e filho. No primeiro ano invista em livros coloridos, sensoriais, com animais, para os fisgar visualmente. Após um ano onde a criança já responde bem a esses estímulos, procure mais outros livros, que contém uma historinha um pouco mais longa que as anteriores. É importante que em algum momento do dia os pais dediquem-se a aumentar o vocabulário dessa criança, por exemplo, adicionar a rotina noturna uma leitura de uma passagem bíblica que tenha uma linguagem mais arcaica, ou de um livro que vocês gostem, para assim, mesmo que o bebê ainda não entenda, esse hábito irá estimular o vocábulo e memória dessa criança. 

Se você chegou até aqui e ainda não está convencido que seu pequeno precisa ter a leitura como parte da rotina, entenda que as pesquisas feitas no país apontam para adultos que não têm o hábito de leitura e muitas vezes são facilmente levados a acreditar em “fake news”. Queremos criar indivíduos capazes intelectualmente para tomar as próprias decisões da melhor maneira possível e a literatura só tem a agregar nesse processo.    

Maternidade: quando nasce um bebê também nasce uma mãe?

Maternidade: quando nasce um bebê também nasce uma mãe?

O período pós parto, também conhecido como Puerpério, resguardo ou quarentena, trata-se de um intervalo de tempo que é iniciado a partir da supressão da placenta e termina quando o corpo da mulher consegue retornar ao estado anterior à gestação, durando em torno de 40 dias, seis ou mais semanas. 

Nessa temporada as mulheres passam por inúmeras alterações hormonais, especialistas apontam que é um pouco similar há uma tensão pré-menstrual, a famosa TPM, mas muito mais intensa, com os agravantes que a chegada de um bebê gera no ambiente, como dificuldades para dormir e o medo de não ser suficiente para a criança.

Há quem diga a famosa frase presente no título, mas na prática a realidade é bem diferente, muitas mães não sentem o amor pelos filhos logo de primeira, é muito comum que essas mulheres tenham dificuldades para reconhecer e lidar com o misto de sentimentos que estão sentindo. 

Um ponto crucial para abordar esse assunto é que a saúde mental na maternidade deve ser pauta da família, para que com esforços essa mulher possa passar pelo Puerpério da melhor maneira possível e impedir que posteriormente essa mulher desenvolva um quadro de depressão pós parto.

Apesar de ser um processo natural, o Puerpério pode ser sinônimo de muita dor para as mulheres. E, é comum que durante o resguardo as mulheres passem pelo famoso “baby blues” que são os primeiros indícios de depressão pós parto. Caso esse seja o seu caso ou o da sua companheira, busque ajuda de um especialista. Nesse momento, tanto os bebês quanto as mamães necessitam de cuidados especiais, apoio familiar e social.

A participação ativa e amigável dos familiares pode representar um importante auxílio para a recuperação dessas mães. A rede de apoio se faz ainda mais necessária nessa etapa, seja para preparar um almoço, para cuidar do bebê para que a mãe tome um banho ou para dar ouvidos às suas queixas. 

Cabe ressaltar que esse não é o momento para comparações. Se você faz parte da rede de apoio de uma mulher que está passando por essa fase, que talvez seja a pior da vida dela, evite compará-la com outras mulheres que, supostamente, tiveram uma melhor performance. O mais importante nesse momento é buscar compreendê-la, por mais que ela tão pouco se entenda e, buscar promover os cuidados necessários.

Outra questão importante é que muitas vezes a mulher coloca-se em uma posição com muitas cobranças, tentando exaustivamente alcançar o modelo de “mãe ideal” na maternidade, para essas mulheres é importante lembrá-las do velho ditado que diz que “a grama do vizinho sempre é mais verde”. Ou seja, respeite suas limitações físicas e mentais. Lembre-se que ser mãe não é a sua identidade e que o amor pelo seu filho é algo que aumentará com o passar dos dias, está tudo bem não sentir o maior amor do mundo agora.

Esse é o momento em que essas mulheres mais necessitam dos cuidados, apoio e amor de seus companheiros, familiares e amigos.