Como criar uma rotina de sono do bebê?

Como criar uma rotina de sono do bebê?

Se eu te disser que criar uma rotina pode ajudar a MELHORAR O SONO do bebê, você acreditaria?

E quando falo de rotina, quero dizer rotina para toda a família!

O que muitos pais não sabem é que o sono do bebezinho não é influenciado somente pelo que acontece próximo a hora de dormir, mas sim por tudo o que acontece durante o dia e a noite. Se ele dormiu durante o dia, o que comeu, se ficou muito tempo diante de telas, se está passando por um salto de desenvolvimento ou pico de crescimento, se está com alguma dorzinha (como nascimento de dentes) e tantas outras coisas. Por isso falo que para “melhorar o sono do bebê” é preciso olhar o contexto geral da casa, da família e da rotina de todos, e OBSERVAR OS SINAIS que o próprio bebezinho dá.

É claro que criar uma rotina não é mágica, gente! Noites mal dormidas são comuns na vida de quem acabou de se tornar mãe e pai, afinal o ciclo do sono de um bebê recém-nascido, por exemplo, é diferente do de uma criança mais velha e o de um adulto. Mas a rotina pode SIM auxiliar, principalmente se for seguida também durante o dia e não somente na hora da higiene do sono.

Antes de tudo, vamos esclarecer:

  • Os bebês recém-nascidos costumam dormir muito, cerca de 14 a 17 horas por dia, mas nunca de forma continua, e sim várias vezes por dia em intervalos mais ou menos regulares de períodos dormindo e acordado. Os despertares costumam ocorrer a cada 3 ou 4 horas pois é quando o bebê sente fome e quer mamar.
  • Os bebês após 3 meses mantém esse ciclo, mas estabelecem melhor a diferença entre o dia e a noite, ficando mais acordados durante o dia, e dormindo mais tempo a noite.

Sabendo disso, já começa a ficar mais fácil pensar em criar uma rotina de sono adaptada a idade do bebê, certo?

A higiene do sono é recomendada para bebezinhos de todas as idades, pois ela além de estimular a sono, acalma o corpo e a mente, melhorando a qualidade desse sono. Ela consiste em nada mais do que uma série de hábitos que podem auxiliar na hora de dormir de toda a família.

💜 Para praticar a higiene do sono, comece tornando o ambiente da casa mais tranquilo e silencioso próximo a hora de dormir. Diminua o ritmo aos poucos, apagando mais luzes se possível, desligando aparelhos eletrônicos e deixando clara a diferença entre o dia e a noite (um mais agitado e ativo, o outro calmo e relaxante).

💜 Dê um banho morno no bebê, podendo até apostar na massagem shantala (clica AQUI pra saber mais sobre ela) ou outros tipos de massagem relaxantes.

💜 A amamentação também é importante, por isso tente oferecer o peito quando o bebê acordar e estiver mais desperto, sempre observando os sinais de fome dele.

Isso são os passos para a HORA DE DORMIR, de noite e próximo a hora de se deitar!

Agora para praticar durante o dia, você deve:

💛 Se possível, manter a livre demanda ao amamentar.

💛 Tratando-se de crianças maiores que já passaram pela introdução alimentar, tentar manter horários regulares para as refeições, e evitar lanches (principalmente mais pesados) próximo a hora de dormir.

💛 Também falando de crianças maiores, fique de olho nas sonecas diurnas! Sono demais de dia pode sim afetar o sono noturno! Já fiz um post explicando esse ponto, clica AQUI pra ler!

💛 O uso de telas durante o dia e próximo a hora de dormir pode afetar (e MUITO) o sono infantil. A luz emitida pelas telas dos dispositivos bloqueia a liberação da melatonina, o hormônio responsável por “avisar” ao corpo que está na hora de dormir.

💛 Crianças mais ativas durante o dia, que brincaram bastante, correram ou praticaram algum tipo de atividade que exige mais esforço, tendem a estar mais cansadinhas na hora de dormir, facilitando o sono.

Para finalizar, deixo aqui essa curiosidade que muitas mães me perguntam: os despertares noturnos do bebê não são influenciados pela amamentação com fórmula infantil! Também tem post sobre isso aqui no blog, acesse AQUI.

Te desafio a tentar colocar em prática essas dicas e observar se o sono do bebê (e consequentemente de todos na casa) melhorou! Você pode fazer esse teste ao longo do mês e ir notando diariamente as melhoras, que tal?

Dra Kelly Marques Oliveira | CRM 145039

Brincar é essencial para o desenvolvimento do cérebro?

Brincar é essencial para o desenvolvimento do cérebro?

A ciência mostra que o ato de brincar durante a infância e adolescência é fundamental para o desenvolvimento cerebral.

As experiências vivenciadas durante esse período são enviadas e traduzidas em conexões sinápticas, essenciais para a maturação adequada do cérebro e para o desenvolvimento neuropsicomotor.

Como resultado, as crianças e adolescentes terão melhorias nas funções executivas, linguagem, habilidades matemáticas, integração dos sentidos, capacidade de pensar criativamente. Crianças de 7 a 9 anos que brincam de forma fisicamente ativa, e a natureza é o espaço indicado para isso, apresentam melhor capacidade cognitiva e de focar a atenção, assim como diminuição dos transtornos do sono.

Por outro lado, há estudos associando a falta do brincar com aumento da prevalência de estresse tóxico e de transtornos comportamentais, como o de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e a depressão.

Brincar é natural e fundamental para a nossa formação. É papel dos adultos apoiar, estimular e promover esses momentos. Na escola, no clube e no parque da cidade, brincar é um direito universal!

Gostou de saber como brincar é essencial para o desenvolvimento do cérebro? Aproveita e vem conferir mais artigos no nosso blog.

Dra. Ana Carolina Macedo

Atualização COVID-19 e Gestação: Vacinar ou não?

Atualização COVID-19 e Gestação: Vacinar ou não?

O Ministério da Saúde publicou no dia 8 de Julho de 2021 a recomendação para imunização das gestantes com ou sem comorbidades a partir dos 18 anos. Não há necessidade de relatório ou prescrição médica para receber a vacina e os imunizantes aplicados devem ser, preferencialmente, os que não possuem vetor viral, ou seja, Pfizer ou CoronaVac.

A combinação da primeira e segunda dose com diferentes vacinas é chamada de intercambialidade e está contraindicada para grávidas até o momento. Exceto na Bahia onde a mesma está autorizada desde 11 de Agosto de 2021. As gestantes que receberam a primeira dose de AstraZeneca estão orientadoras a realizar a segunda dose, da mesma vacina, no puerpério (até 45 dias após o parto).

A Associação de Obstetricia e Ginecologia do Estado de São Paulo (SOGESP) se posicionou a favor do Programa Nacional de Imunização (PNI) orientando a vacinação das gestantes após constatar importante aumento na mortalidade materna por COVID-19. A taxa de mortes em gestantes chegou a 10% enquanto a população geral está em 2%. O que corresponde a um aumento de 238% em 1 ano. 10 mortes maternas/semana em 2020 no Brasil | 38 mortes maternas/semana em 2021 no Brasil.

Atualmente sabemos que a saúde da mãe afeta diretamente o desenvolvimento do bebê e que algumas infecções maternas podem ser transmitidas ao feto. Na COVID-19, pode haver transmissão materno-fetal pelo cordão umbilical, placenta, vagina e amamentação (leite
materno). Os benefícios superam os riscos e portanto, é indicado tanto a vacinação quanto a amamentação. Outra pesquisa com 263 gestantes infectadas mostra que 1% dos bebes testou positivo para o vírus e com apresentação de quadros leves e sem sequelas. Estudos estão sendo continuamente realizados para que tenhamos mais detalhes sobre a via de transmissão e mecanismo de ação do vírus.

Covid-19 e gestação: vacinar ou não? Ainda está na dúvida? Converse com seu médico mas não deixe de se vacinar.

Dra Stephani Ruschi

Sexo na gestação: O que os especialistas dizem?

Sexo na gestação: O que os especialistas dizem?

No Canadá, uma pesquisa foi realizada para avaliar a experiência sexual das gestantes. O resultado mostrou redução global do desejo e da frequência, tanto das gestantes, quantos dos parceiros, quanto o assunto é sexo na gravidez. Ambos apresentaram preocupação com complicações da gestação, como, parto prematuro e ruptura prematura das membranas ovulares (”bolsa rota”), em razão do ato sexual. Outro número que chama atenção é ter 34% das gestantes entrevistadas não sentindo-se a vontade para conversar com seus obstetras, mesmo sabendo que seria a melhor maneira de desmistificar o tema.

Entenda: o bebê fica protegido por várias camadas que vão desde o forte músculo do útero até o líquido amniótico. A relação sexual não afeta a gestação desde que você não tenha alterações na placenta ou não esteja em trabalho de parto prematuro. Também não causa abortamento. Está indicado suspender as relações sexuais em caso de sangramento vaginal anormal, perda de líquido amniótico, incompetência íntimo cervical, história de trabalho de parto prematuro. Não existe posição contraindicada mas a medida que a gestação evolui, é vale a pena buscar aquela que mais se encaixe ao casal.

O primeiro trimestre da gestação costuma vir acompanhando de uma onda de sinais e sintomas que desfavorecem a prática do sexo. No segundo trimestre, há um aumento da irrigação sanguínea na pelve, o que proporciona maior sensibilidade na região genital e pode
aumentar o prazer nas relações sexuais. O terceiro e último semestre, vem acompanhado de uma barriguinha crescida e que estimula a explorar novas posições, como por exemplo, quatro apoios, de lado e com a mulher por cima. O importante é compartilhar seus medos e desejos com seu parceiro e se sentir a vontade para conversar sobre este e qualquer outro assunto com seu obstetra.

Sexo pode desencadear trabalho de parto? Muito cuidado com essa frase! O sêmen contém prostaglandinas, substâncias que favorecem a dilatação do colo do útero. Porém, não há comprovação científica que o sexo pode induzir o trabalho de parto.

Quando evitar o sexo na gestação:
– Placenta prévia (placenta baixa)
– Sangramento vaginal de causa desconhecida
– Incompetência ístimo cervical (colo curto ou insuficiência do colo uterino)
– Risco de parto prematuro
– Alterações do líquido amniótico (da bolsa)

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Dra. Stephani Ruschi